Andando no Labirinto
Às vezes temos a impressão que estamos num labirinto, caminhando sem bússola, passando pelos mesmos lugares, cometendo os mesmos erros e tropeçando nas mesmas dificuldades, circu... View MoreAndando no Labirinto
Às vezes temos a impressão que estamos num labirinto, caminhando sem bússola, passando pelos mesmos lugares, cometendo os mesmos erros e tropeçando nas mesmas dificuldades, circulando numa espiral que não ascende a um patamar mais elevado de consciência. É como se estivéssemos dirigindo numa estrada, sem o GPS da alma para nos guiar e nos mostrar a direção.
O labirinto simboliza nosso caminhar pelo cotidiano da vida, bem como todo o aprendizado com as experiências vividas, entretanto, devemos ter sempre presente que a nossa meta é o centro do ser, a busca pelo Eu Superior, fonte de sabedoria e amor. Por vezes, sentimos os aromas desse local sagrado, nosso Centro de Paz, e isso nos dá a confirmação que estamos caminhando de forma eficaz pelo labirinto; em outros momentos, um deserto se faz presente; as águas ficam turvas e nenhum sussurro das esferas mais elevadas do ser é ouvido.
Nesses momentos de escuridão, não percamos de vista o Comandante da Carruagem, Aquele que nos guia e nos conduz pela senda da vida; Ele deve ser o Guerreiro a guerrear em nós, segundo ensinamento zen-budista. Também devemos ter presente que tudo pode ser feito como uma oferta à nossa alma e, assim, os resultados podem ser permeados por uma vibração de harmonia e beleza. Podemos dar graças aos tropeços no labirinto, porque aquilo que nos ocorre, sempre traz uma chave para o nosso crescimento e aprimoramento como seres humanos.
Paul Brunton nos diz que “o estudante compreende que a sabedoria advirá de um grande número de experiências, e não da falta delas, e que não adianta esquivar-se das lutas do mundo, pois é principalmente por meio delas que se pode fazer vir à tona os recursos latentes em cada um. A filosofia não se recusa a enfrentar a vida, por mais trágicos e assustadores que os acontecimentos possam ser, e usa tais experiências para atingir propósitos mais elevados”.
Apesar das provas na caminhada, existem os breves momentos de êxtase, onde a luz do ser, por Graça, rompe as barreiras dos condicionamentos da personalidade. Esse estado de serenidade nos eleva acima da visão limitada do labirinto e nos mostra todo o espectro dos caminhos trilhados, bem como as benesses advindas dos tropeços e das pedras no caminho. Passamos a “estar no mundo sem ser do mundo”, conforme citação cristã.
Nessa condição sublime, embora fugidia, só nos resta sermos gratos à vida por desembaçar nossa visão, nos permitindo ver os fatos além das formas e dos padrões comumente estabelecidos.
“E quando vejo a vida passar, percebo que tudo o que vejo é sagrado” (Rumi)
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Sementes do Bem
Conheça a nova base de dados “Sementes do Bem”, uma coletânea de cards disponíveis na página principal do site Pedra no Lago - Inspirando o Bem. As sementes são sínteses de alguns ens... View MoreSementes do Bem
Conheça a nova base de dados “Sementes do Bem”, uma coletânea de cards disponíveis na página principal do site Pedra no Lago - Inspirando o Bem. As sementes são sínteses de alguns ensinamentos filosóficos e espirituais, e podem funcionar como impulsos que nos estimulam na busca do autoconhecimento e no alinhamento com a nossa Essência Interior.
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Júbilo
Até que aprendamos a olhar os acontecimentos e tudo aquilo que nos ocorre com a sabedoria da alma, ficamos refém das práticas e hábitos antigos que trazem a falsa impressão de assegurar nossa ... View MoreJúbilo
Até que aprendamos a olhar os acontecimentos e tudo aquilo que nos ocorre com a sabedoria da alma, ficamos refém das práticas e hábitos antigos que trazem a falsa impressão de assegurar nossa proteção e garantir o “status quo”. Em geral, quando as vendas dos condicionamentos humanos não nos deixam enxergar com clareza as lições a serem apreendidas, somos egoístas, severos demais conosco mesmo e com os outros, e sem controle algum da situação.
Quando certas situações requerem a necessidade de sermos compassivos e calmos, a mente condicionada nos impõe uma verdadeira tirania dos velhos hábitos e das velhas reações. Se não estivermos atentos e observando tudo à luz de um ponto mais elevado da consciência, certamente nos arrependeremos no minuto seguinte àquela reação intempestiva, pois ela contraria o melhor de nós mesmos e não expressa a bondade que pulsa no interior do nosso Ser.
Por outro lado, apesar das pedras no caminho que surgem pelas provações, está presente uma grande chance de aprendizado e a oportunidade de revertermos a situação, sendo gratos diante daquilo que nos acontece. “Assim como um atleta que aceita com alegria um exaustivo treinamento porque sabe que aumentará suas capacidades físicas e revelará o melhor dele mesmo”(*).
Cabe aqui uma reflexão de Teresa de Ávila em relação aos tempos de escuridão, a qual nos faz refletir sobre os sentimentos de gratidão e de unidade com a Vida:
“Quando aquele meigo caçador do paraíso lançou sua seta sobre mim, minha alma ferida desmaiou em seus amados braços. Meu Amado se tornou meu e sem dúvida sou dele afinal”.
“Ele atravessou meu coração com sua seta de amor e me tornou una com o Senhor que me fez. Seu amor é o único que tenho, e minha vida se transformou tanto, que meu Amado se tornou meu e sem dúvida sou dele afinal”. (*)
Quando o frio e a escuridão da noite ameaçarem nosso caminhar, mesmo na aridez, poderemos reafirmar a Luz que temos dentro de nós, bem como confirmar os votos de que estamos de prontidão para atuar na vida como um canal de emanação do bem. Assim como procuramos as brisas frescas das montanhas para nos reabastecer após um longo esforço físico, o refúgio na alma também é necessário para aliviar o esgotamento emocional e mental.
Nos períodos de adversidades, podemos nos lembrar da imagem do “meigo caçador” que nos golpeia, aquele ferimento que fere para nos curar. Nos seus relatos, Santa Teresa conta que foram os momentos mais felizes da sua vida, pois, assim que caiu, ferida, os amados braços do Senhor lá estavam para ampará-la; ela saiu do estado de separatividade para o estado de união (*).
Assim também como a gaivota Jonathan, do filme Fernão Capelo Gaivota, optou por voos mais altos e mergulhos com maior velocidade à procura de espécies de peixe existentes em profundidades além da superfície, nós precisamos ir ao encontro dos veios subterrâneos da consciência para encontrar ânimo para nossa transformação e cura interior.
“… Na profundeza do Oceano da consciência está a paz, a pureza e a cristalinidade de uma perfeição que aguarda o momento de emergir…” (José Trigueirinho)
É nítido de que a persistência em vencer a nós mesmos é a mais difícil das batalhas. Em que pese a dor trazida pelas provas, quando a nossa mente é “abraçada” pelo nosso coração espiritual há júbilo, extremo contentamento, a paz emerge subitamente, e assim conhecemos o silêncio e o verdadeiro amor. “Em águas profundas reina o poder d’Aquele que é a Fonte de toda a vida”.
Que possamos ter a Graça de sentir permanentemente essa alegria, esse júbilo por detrás das provas da vida; como uma mãe, que apesar das dores do parto, sente uma gratidão profunda pela iminência da chegada do novo ser.
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Uma breve reflexão sobre a importância do nossos pensamentos, como forma de nos curar do isolamento, dos medos e da insegurança, trazendo mais brilho e amor para nossos relacionamentos e para a vida e... View MoreUma breve reflexão sobre a importância do nossos pensamentos, como forma de nos curar do isolamento, dos medos e da insegurança, trazendo mais brilho e amor para nossos relacionamentos e para a vida em geral.
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Fonte: Templo Budista Tibetano Odsal Ling - São Paulo
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Sopradores de Brasas
Encontros e reencontros com seres especiais marcam nossas vidas; algumas profundamente, pois são como brasas quentes que, ao se aproximarem ou pensarem em nós, trazem o sopro do ... View MoreSopradores de Brasas
Encontros e reencontros com seres especiais marcam nossas vidas; algumas profundamente, pois são como brasas quentes que, ao se aproximarem ou pensarem em nós, trazem o sopro do vento da esperança e da renovação, acendendo nossos corações. A esses devemos ser gratos, porque nos inspiram e nos fazem renascer a cada dia.
São almas ímpares, que têm nas palavras e nos pequenos gestos os predicados que nos livram dos momentos de escuridão; estão unidas e presentes, mesmo a distância. Resgatam e fazem brotar o melhor de nós mesmos, trazendo de volta a integridade aos nossos mais elevados ideais como seres humanos. A comunhão com elas alinha nossa mente, corpo e emoção ao “comandante da carruagem”, nosso Eu Superior. Muitas, nem mesmo as conheço, mas através das suas mensagens sinto que estamos coligados em algum nível, e me incentivam a seguir adiante com a intenção de inspirar o bem.
Existem outros sopradores de brasas, igualmente importantes, mas são os que apertam os botões vermelhos das nossas dificuldades. A eles devemos ser ainda mais gratos, porque aceleram nosso processo de crescimento e escancaram as vulnerabilidades da personalidade. Dão-nos a chance de perceber o abismo que existe entre o nosso potencial espiritual e aquilo que manifestamos como pessoa. Ajudam-nos a vencer a nós mesmos e põem no chão qualquer resquício de vaidade espiritual. Nas palavras de Annie Besant, “o ser pessoal é o nosso campo de batalha e deveríamos saudar todos os acontecimentos da vida diária que aparam as arestas da personalidade.”
Outros trazem instruções sublimes, ensinamentos que tocam o profundo da alma, regando nosso jardim interno com a pura água da Sabedoria e da Verdade. São escultores de almas e estimulam-nos na busca do autoconhecimento e na percepção de que somos uma unidade, de que não existem fronteiras, barreiras ou diferenças para aqueles que sentiram em si mesmos o pulsar da vida e, portanto, venceram a ilusão de que estamos separados.
Mas também existem outros sopradores, aqueles em dificuldades e passando por sérias provas, os quais a vida nos coloca diante deles para que possamos ajudá-los. É notório ver que quando nos dispomos a servir de forma livre e desapegada de resultados, no final, somos nós mesmos os mais beneficiados, porque o serviço nos impõe uma atitude de entrega abnegada à causa alheia, oportunizando o acesso à região do nosso ser que é puro amor. O exercício da caridade traz alegria para nossa alma e nos mostra que a dor do nosso irmão é também a nossa dor.
E encontramos outros tantos companheiros de jornada, pessoas que se aproximam de nós sem motivo algum, apenas são atraídas pela Sabedoria Divina que tudo sabe a nosso respeito. Chegam mansamente e trazem de forma oculta o ensinamento, aquilo que precisamos aprender para crescer em consciência. São, também, sopradores de brasas em potencial.
A questão central está no quanto estamos alinhados ao interior de nós mesmos. Nesse estado de integridade, a brasa do nosso ser estará sempre incandescente, pronta para expressar a Luz e o Amor da alma.
Que assim seja!
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Perdão
Escrever sobre o perdão parece ousado demais, beirando à presunção: como um ser tão imperfeito pode dar sua visão de algo que parece restrito aos puros de coração, aos escolhidos? Essa é a voz... View MorePerdão
Escrever sobre o perdão parece ousado demais, beirando à presunção: como um ser tão imperfeito pode dar sua visão de algo que parece restrito aos puros de coração, aos escolhidos? Essa é a voz mental atuando; se você der ouvidos a ela, simplesmente você trava geral, fica inerte. Aprender a distinguir dentre o que é um “ruído mental”, daqueles pensamentos que surgem do inconsciente coletivo, e quais aqueles que vêm de uma fonte limpa, de dentro do ser, parece ser um importante divisor de águas para o equilíbrio e para o efetivo perdão.
Diante dessa luta de opostos, a voz da mente quase sempre tem mais peso porque ainda estamos muito condicionados a padrões comportamentais forjados por um longo processo educacional focado no “ter” e não no “Ser”. Adicionalmente a isso, as questões culturais, os sistemas de crença e valores, reforçados todo o tempo pela mídia fazem a mochila ficar ainda mais pesada.
O fato e que surgem algumas perguntas mentais: “como poderemos aceitar nossos próprios erros e nos perdoarmos de verdade?”, “como ter compaixão pelo outro e ser fraterno com aquele que te magoou?”, “como limpar a mágoa, aquele resíduo que parece não poder ser erradicado?”
Mas, graças a Deus, passamos por momentos especiais, de enlevo, de pura Graça, vivências interiores que emanam vibrações de um nível mais profundo, e é dai que vem a força e a coragem para vencer a nós mesmos. Surgem, então, os sentimentos e os atributos ligados à serenidade, ao equilíbrio, à fraternidade e à compaixão. O verdadeiro perdão só pode surgir dessa região do ser. Esses momentos de inspiração, embora fugidios e raros, trazem momentaneamente o alinhamento com a alma e deixam um rastro de luz que acaba permeando todo o ser por algum tempo. Esse enlevo parece ser a chave para a libertação das correntes mentais.
Considero que o perdão é o requisito principal para a verdadeira fraternidade entre os seres humanos. Nosso Ser Interno, este núcleo de Paz e de Amor que nos anima, nos atrai para o Alto, para Deus. Essa força de atração, sempre presente e as vezes percebida nos momentos de recolhimento e de silêncio, ou até em sonhos, faz com que a mente seja “abraçada” pelo Coração, sendo esse abraço a peça-chave para o perdão e para a reconciliação.
O sentimento de união trazido pela Graça vem nos brindar com um inusitado estado de paz e de comunhão com tudo e com todos; a tolerância aparece, a aceitação plena do outro tornar-se real. E acabamos, também, por perdoar a nós mesmos.
Essa gota de Luz que desembaça nossa vidraça por alguns momentos deixa um rastro de luminosidade que nos sustenta naquelas ocasiões de fragilidade. No viver diário, passamos a nos lembrar desses instantes de clareza, a assim podemos agir e reagir como se a mente estivesse imersa todo o tempo na Luz dentro de nós. Surge uma abençoada percepção da Unidade, que é o requisito para a cura de todas as ilusões.
Se é possível nos relacionarmos com nosso Ser Interno, também é factível lidar com o próximo e vê-lo sob esta mesma perspectiva interior. E isso vai possibilitar um relacionamento mais elevado, em que pese as limitações humanas. O perdão só será possível e real se a Graça Divina bater à nossa porta e remover os obstáculos que impedem a manifestação da Luz. O verdadeiro “perdoar” virá sempre do profundo da alma, cicatrizando as feridas deixadas pela corrosão dos ressentimentos.
Segue abaixo os ensinamentos filosóficos de Paul Brunton, que são também uma fonte de água límpida, que inspira e dissemina o bem para a humanidade. Sobre o perdão, encontrei uma citação essencial no seu livro “Meditações para pessoas em crise”:
“Você precisa sair do poço escuro do ressentimento e da autopiedade, no qual os golpes da vida o lançaram. Você precisa extirpar todas as desculpáveis fraquezas humanas que o tornaram infeliz. Precisa ter o coração grande e ser generoso diante das falhas de outras pessoas que, segundo você, o prejudicaram.
Seria uma grande oportunidade de conseguir rápido progresso espiritual, se pudesse substituir a reação emocional convencional pela reação filosófica, mais calma, se pudesse elevar-se acima do que Rupert Brooke chamava de “a longa insignificância da vida”.
Você não deveria guardar ressentimento contra aqueles que o prejudicaram, nem ficar remoendo o que lhe fizeram; deveria esquecer as coisas más e mesquinhas que as pessoas fazem e lembrar-se das coisas generosas, nobres e virtuosas que procuram fazer.
Que siga o exemplo de Jesus e perdoe com alegria, mesmo que seja setenta vezes sete. Por esse ato de perdão, você será perdoado pelos erros que também cometeu. No perdoar aos outros, você encontra seu próprio perdão. Essa é a Lei.
Dessa forma, você demonstra ser capaz de mudar rapidamente de uma perspectiva autocentrada para outra mais elevada, desferindo assim contra o ego pessoal um único golpe paralisante. Esse é, sem dúvida, um dos maiores esforços que se pode pedir a alguém, porém as consequências apagarão da memória as feridas e mitigarão os sofrimentos.”
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Alinhamento do Ser
Quando nos predispomos a fazer o alinhamento entre as emoções, o corpo físico e a mente com a nossa alma, temos a ilusão de que não vamos conseguir ficar em silêncio e atingir, mes... View MoreAlinhamento do Ser
Quando nos predispomos a fazer o alinhamento entre as emoções, o corpo físico e a mente com a nossa alma, temos a ilusão de que não vamos conseguir ficar em silêncio e atingir, mesmo que por alguns instantes, um estado de quietude mental. A mente vagueia sem rumo e a cada tentativa de paralisação dos pensamentos acabamos por fortalecê-los ainda mais.
Parece que a chave está na simples observação dos pensamentos, deixando que os mesmos fluam, mas sem nos identificarmos com eles, sem julgamentos de qualquer espécie; apenas observando-os e vendo-os passar como nuvens no céu. À medida que essa prática vai sendo consolidada, fica claro o quanto não fomos habituados a ficar imersos no Ser. Em função disso, reforçamos a crença de que somos aquilo que a nossa mente diz que somos, e esse é um equívoco fatal.
Sinto também que os pensamentos coletivos e a egrégora que paira no astral planetário nos afetam sobremaneira, e de forma muito negativa, tornando ainda mais espessos os véus que nos separam do verdadeiro ser que somos em essência.
Acreditar e dar voz à nossa mente é uma forma de escravização, como se colocássemos uma pesada corrente atada aos nossos pés, a qual simplesmente nos imobiliza e reforça aquilo que deve ser transcendido. Não somos, de fato, cidadãos da nossa mente, e à liberdade atingiremos quando acessarmos essa região interna, àquilo que é imortal dentro de nós e que não está contaminado pelos padrões mentais forjados ao longo da vida.
Esse alinhamento é uma chave que nos cura dos males das críticas, dos julgamentos, das culpas, dos ressentimentos, dos preconceitos e da eterna luta que travamos conosco mesmo, a mais difícil batalha a ser vencida. De um lado, existe uma parte que puxa para o velho, para aquilo que precisa morrer em nós; do outro, está o novo ser, encapsulado, cuja casca tem que ser rompida; contém no seu interior aquilo que dá sentido à nossa vida.
Em geral, optamos por não passar pelas dores do parto, usando sempre o livre arbítrio, sem consultar nossa alma. O ser real acaba ficando em estado de gestação permanente, e isso subtrai a possibilidade de darmos nosso recado para o mundo e, assim, não manifestamos aquilo para o qual fomos destinados a ser, nos distanciando ainda mais do nosso Propósito.
Passada a fase crítica das tempestades mentais, a qual pode ser mais ou menos longa, dependendo da constância na aplicação da prática da auto-observação, trazemos nossa atenção à respiração como forma de criar uma estabilidade física, emocional e mental.
A estabilização requer que deixemos todo o passado e o futuro de lado, assim como todos os planos, metas, conceitos, desejos, julgamentos, sentimentos, ressentimentos, tudo, enfim. Só o presente importa. É como se entrássemos numa sala descalços, vazios, deixando os sapatos sujos da lama dos pensamentos e dos sentimentos na porta. Assim, escutaríamos os sussurros que vêm desse estado de quietude. Peçamos pela Graça de ficar, tão somente, diante do poder da Presença do Ser, da divindade.
Trata-se de uma prática que não requer experiência anterior, nem conhecimentos prévios, não precisa ser perfeita e também não está vinculada a crenças e dogmatismos: apenas temos que relaxar no Ser e sentir sua presença. Como tudo é inter-relacionado, o estado de quietude é um serviço que prestamos a nós mesmos e à humanidade; são como minúsculas pedras lançadas no lago da vida, as quais criam as condições para que esse bem tenha ressonância em toda aura planetária.
É certo que nossas vidraças ainda estão bastante embaçadas, mas a cada dia que nos alinhamos com a nossa alma, é como se passássemos um dissolvente que vai limpando as poeiras e nos aproximando do nosso Ser Real.
“Orar é sentir o Ser Interno permeando-nos suavemente, ao mesmo tempo que nos inflama com seu amor. É dizer-lhe: "Amo-te. Reconheço-te em mim. Reconheço-te em todos os seres em em todos os fatos que vêm como provas ou confirmações, levando-me a ser, de maneira cada vez mais pura, um verdadeiro reflexo da Tua luz". (José Trigueirinho)
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Rompendo Fronteiras
O ser humano empreende muitos esforços na tentativa de superar seus próprios limites e quebrar as fronteiras que o separa do imaginário das possibilidades físicas e mentais. A bus... View MoreRompendo Fronteiras
O ser humano empreende muitos esforços na tentativa de superar seus próprios limites e quebrar as fronteiras que o separa do imaginário das possibilidades físicas e mentais. A busca pelo ideal de perfeição é notória, em especial nos esportes, onde a competição estimula atingir metas mais elevadas e melhores indicadores de performance.
Tudo muito louvável e digno. Adicionalmente, é fundamental lembrar que à busca por metas pessoais deve ser adicionada a procura pelos ideais mais elevados do ser humano, aqueles vinculados à alma, a qual traz os códigos ligados ao nosso verdadeiro Propósito. A vida nos impõe evoluir, escalar montanhas e, em especial, vencer a nós mesmos, a mais difícil das batalhas. Se aquilo que fazemos, e até a razão, não se curvarem à Sabedoria Interior corremos o risco de reforçar algo que pode não corresponder mais ao nosso atual estado de consciência e evolução,
Em geral, as metas pessoais, humanamente definidas, estão condicionadas por um sistema de crenças e valores de uma sociedade forjada no ego humano, e a competição assume um grau elevado de importância. Assim, os objetivos são concebidos segundo uma realidade que não considera a essência das coisas, mas apenas aquilo que está visível aos nossos olhos e percebida pelos demais sentidos. O que vemos e sentimos talvez sejam as folhas, os galhos e os frutos, mas a árvore da vida inclui suas raízes, aquelas que nutrem verdadeiramente aquele vegetal. A alma é a nossa raiz.
A medida que vamos praticando nosso olhar para a essência das coisas, vamos mergulhando no desconhecido e passando uma borracha nas fronteiras internas, aqueles limites mentais imaginários que fragmentam nossa visão de mundo. Diante do espelho devemos ver não somente a forma, mas o espírito imortal encapsulado pela forma. Para quebrar essas fronteiras, é mandatório olhar para nós mesmos e para tudo com a visão da alma, como se fossemos um Eu Superior. De fato, momentos de quietude trazem aromas de bem aventurança e de irmandade, bem como a certeza de que somos elos de uma grande corrente, células de um só corpo-humanidade, em unidade com a Criação.
Se as fronteiras internas se rompem, rompem-se também todas as questões sectárias que trazem medo, apegos, isolamento e segregação. Cor, sexo, raça, nacionalidade, religião, ideologias, … todos estes limites são vencidos e, no lugar deles, surgem a união e a verdadeira fraternidade. Ou seja, nos tornamos seres universais, comprometidos com o bem da humanidade. A dor do outro torna-se a nossa dor também, seja ele nosso amigo, parente, vizinho ou aquele que mora do outro lado do continente.
Como somos uma Unidade, os pensamentos, sentimentos e ações de cada um de nós afetam a todos, indistintamente. Que possamos, então, elevar nossa consciência e atuar como espelhos que captam e emanam a Luz que vem do Altíssimo, de Deus. Que o calor dessa Luz possa aquecer nossas melhores sementes e fazer com que suas cascas se rompam, cresçam e deem os doces e abençoados frutos do Coração humano. E que todos os lares e famílias do mundo possam receber esse calor, trazendo um novo amanhecer.
“Vela pela União. Que todos os povos se tornem uma só civilização; todos os países, uma só nação; todas as línguas, um só idioma; todas as filosofias, um só pensamento; todas as religiões, um só movimento de ascensão interior; todos os fragmentos, uma só vida”. (José Trigueirinho)
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Busque o Silêncio
Fazer silêncio não é o mesmo que mutismo, pois podemos expressar os dons do nosso espírito de diversas formas, inclusive falando; contudo, a voz deve emanar do centro de paz que exi... View MoreBusque o Silêncio
Fazer silêncio não é o mesmo que mutismo, pois podemos expressar os dons do nosso espírito de diversas formas, inclusive falando; contudo, a voz deve emanar do centro de paz que existe dentro de nós. O que se impõe é fazer jejum de palavras supérfluas e também não ficar a mercê dos pensamentos ininterruptos que nos tiram do eixo de alinhamento com a nossa alma.
Para entrar no estado de quietude e ouvir a voz interior é necessário disciplina e prática diária. Parece, também, que não se trata de anular os pensamentos e tentar paralisá-los, sob pena de reforçá-los ainda mais. Ao silêncio chegamos quando observamos o que se passa na nossa mente, sem lutas ou julgamentos, e colocamos toda a nossa atenção nas profundezas do ser, através de um processo de respiração consciente.
A identificação com os pensamentos e a observação de nós mesmos gera um estado de não-ação, de atenção plena, e assim vamos aprendendo a ouvir nossa alma, a seguir seus ditames, sempre com perseverança e fé nessa "guiança". Buscar esse estado de quietude é também um serviço, um trabalho de ajuda silenciosa que prestamos a nós mesmos e a todos que nos rodeiam, porque as sementes do bem que carregamos no interior acabam rompendo a casca e gerando os doces frutos do nosso coração espiritual, ligados à expressão da compaixão e do amor do Ser.
“O silêncio é essencial. Nós precisamos do silêncio, assim como precisamos de ar, da mesma maneira que as plantas precisam de luz. Se nossas mentes estão repletas de palavras e pensamentos, não há espaço para nós. Se você puder separar alguns minutos para si, para acalmar seu corpo, suas sensações e sua percepção, a alegria se torna possível. A alegria da calma verdadeira se transforma em um alimento diário e curativo". (Thich Nhat Hanh)
Assista ao vídeo produzido pela Green Renaissance, o qual aborda com beleza e simplicidade o tema silêncio, considerando-o como uma chave para acessar a verdadeira sabedoria.
Seek Silence
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What does silence mean to you? Is it something you fear and fill up with distractions? Or is it something you actively seek as an antidote to a stressful life?
Visiting silence can be an adventure, a life changing journey into peace and quiet. In silence we can hear our own thoughts. Silence speaks for the part of life that is beyond words. There is space, inner freedom and creativity. We find a place within us that is centered, a place of trust.
As the noisy demands of daily life make us shrink inside, in silence we expand. Don't underestimate the power of silence.
Filmed in Springbok, South Africa.
Featuring Nicky Morris.
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Who is Green Renaissance? We are Michael and Justine - passionate filmmakers, living off-grid and dedicating our time to making films that we hope will inspire and share positivity out into the world.
Editing - by Jackie Viviers
Sound mix - by Tamryn Breakey
Music sourced from ArtList -
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Ashe - by Hans Johnson
Disappearing then taking Shape - by Be Still the Earth
Proud Waves be Stayed - by We Dream of Eden
Wishes - by Lane King
In Front of Your Eyes - by Be Still the Earth
When Skies Meet Shores - by We Dream of Eden
Beautiful Places - by Simon Wester
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Arabic - by Mohammad Alkhudhair
Chinese - by Erika Huang
Croatian - by Davor Bobanac
Czech - by Pavla Látalová
French - by Natalia Hoffsteter
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"Vamos Conversar?"
Você sabia que existe a possibilidade de conversarmos sobre vários temas, sejam eles ligados aos assuntos específicos do Pedra no Lago – Inspirando o Bem, ou temas que envolvem a S... View More"Vamos Conversar?"
Você sabia que existe a possibilidade de conversarmos sobre vários temas, sejam eles ligados aos assuntos específicos do Pedra no Lago – Inspirando o Bem, ou temas que envolvem a Sabiah – Diálogos que Conectam? Vamos explicar melhor.
Pedra no Lago – Durante 2021 recebemos ligações e mensagens para aprofundamento de alguns temas que abordamos aqui no site. Os contatos mais frequentes foram sobre os assuntos a seguir:
- Busca de sentido e de propósito
- Dor, sofrimento e provas
- Solidão, medo e síndrome do pânico
- Relacionamentos
- Silêncio e quietude
- Lidando com a mente.
Lembramos que estamos dando continuidade e priorizando as conversas, as quais podem abranger outros temas diferentes dos acima citados. Solicitamos, contudo, que o agendamento seja feito através do e-mail "contato.pedranolago@gmail.com", colocando na mensagem seu nome, assunto principal, telefone, data e hora sugeridas. Em seguida entraremos em contato para as devidas adequações de agenda e definição do ambiente do nosso bate-papo (Zoom, WhatsApp, Whereby, etc). É importante destacar que não se trata de terapia, nem de atendimento profissional de qualquer natureza, mas tão somente de conversas e trocas de experiências visando a ajuda mútua.
Sabiah – Diálogos que Conectam – Conforme amplamente divulgado, você pode bater um papo gratuito sobre inúmeros temas, através da Sabiah, onde sou Conselheiro Voluntário. Existem vários Conselheiros aptos a trocar ideias e experiências sobre os seguintes temas:
- Carreira Profissional
- Filhos e Família
- Conversas com pessoas acima de 60 anos (SOS – Sabiah Ouvindo Seniors)
- Vivências no Exterior
- Conversas em Inglês
- Outros temas.
Para cada tema acima, existem vários assuntos que podem ser escolhidos. Por exemplo, se você selecionar SOS, poderá escolher três assuntos: “transição para aposentadoria”, “expressão e oferta dos seus talentos” e “relações com a família”. Se você optar pelo tema Carreira, poderá conversar sobre: “carreira acadêmica”, “em busca de um novo trabalho”, “repensando a carreira”, “quero empreender”, etc.
Agende uma conversa com a Sabiah. Acesse o link a seguir e veja os procedimentos. "https://pedranolago.com.br/vamos-conversar/".
Ajude a divulgar ambas as iniciativas.
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